Os Correios, uma das empresas estatais mais conhecidas do Brasil, vêm enfrentando um verdadeiro vaivém financeiro nos últimos anos, refletindo diretamente as gestões dos diferentes presidentes. A mais recente informação divulgada aponta um prejuízo alarmante em 2024: R$ 2,6 bilhões, valor quatro vezes maior que o prejuízo registrado em 2023, que foi de R$ 597 milhões.
Essa reviravolta negativa contrasta fortemente com os anos anteriores. Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019 a 2022), os Correios não apenas voltaram ao lucro, mas alcançaram em 2021 o maior resultado financeiro da história da estatal, com lucro de R$ 2,3 bilhões. A sequência de lucros sob Bolsonaro demonstrou uma recuperação sólida, após anos de prejuízo.
Voltando um pouco mais no tempo, no governo de Michel Temer (2017 e 2018), os Correios iniciaram a retomada do equilíbrio financeiro, saindo da sequência de perdas da era Dilma Rousseff (2014 a 2016). Naquele período, a estatal amargou um prejuízo acumulado de quase R$ 3,5 bilhões, gerando preocupação com a viabilidade econômica da empresa.
Com a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2023, a situação financeira da estatal voltou a se deteriorar. Especialistas apontam uma combinação de fatores como má gestão, queda na eficiência operacional, aumento das despesas e entraves nas tentativas de modernização.
O rombo de 2024, estimado em R$ 2,6 bilhões, acende um alerta vermelho para o futuro dos Correios. A estatal, que desempenha um papel estratégico na comunicação e logística do país, pode enfrentar sérios desafios caso não haja uma reestruturação urgente.
A polarização política também influencia a análise dos números, já que cada lado busca responsabilizar o outro pela situação atual. No entanto, os dados falam por si: a alternância entre lucros e prejuízos está diretamente ligada às decisões e gestões adotadas por cada governo.
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